segunda-feira, 11 de junho de 2012


Há Empurrões de Sorte?!...

Sendo este o meu Blog, tento que aquilo que escrevo, seja sobre algo que está, de alguma forma, ligado a mim. Assim, o que pretendo partilhar neste momento está ligado ao que se passou comigo quando fiquei desempregada.
No fundo se eu recuar ao início da minha carreira, posso dizer que embora tivesse de suar sempre para conquistar o que quer que fosse na minha vida, o meu percurso profissional foi pacífico. Nunca estive desempregada, sempre que mudei de emprego, foi planeado e calculado, quase que poderia afirmar que foi sempre por convite. O que me deixava algo orgulhosa, sendo que agora reconheço, isto vale o que vale…

No entanto, quando em Dezembro de 2010 fui “empurrada” para o desemprego, senti um alívio pelas circunstâncias e pelo cansaço da pressão que se fazia sentir no local de trabalho, mas também uma desilusão, um choque como nunca imaginei sentir, com a forma como fui dispensada e, principalmente, com quem de alguma forma havia influenciado o meu percurso profissional.
Se eu recuar ainda mais um pouco, posso dizer que tive dois mentores no campo profissional:
- Um, que influenciou a minha escolha e a minha paixão pelo Marketing, com quem aprendi muito, quase tudo do que sei e do que sou como Marketeer, aquele que “eu queria ser quando crescesse”, enquanto profissional. Imitei-o muitas vezes nas minhas apresentações, na minha escrita, tantas que acho que sem qualquer pretensão, sou parecida nesses momentos!
- Outro, que foi sempre um ídolo para mim, enquanto líder da primeira empresa para a qual trabalhei. Admirava-o então e admiro-o ainda hoje! Um visionário, um gestor, um técnico, um comercial e acima de tudo um líder! Como eu costumo descrevê-lo: “Um Génio e um Louco”. Atrás dele arrastava um conjunto de seguidores que seriam capazes de com ele dar a volta ao mundo, se ele dissesse que era esse o caminho a seguir… Estou certa que tal como eu, também esses seguidores continuam a admirá-lo e a tentar por em prática muito do que aprenderam com ele.
Mas falava eu da forma como fui dispensada e de uma desilusão…
De facto, este cenário de desilusão foi mais intenso, porque na altura senti que, quem mais me influenciara, em quem eu mais confiara, era quem deixava de acreditar em mim, era quem me empurrava para um cenário que me era cem por cento desconhecido, o desemprego. Hoje não é essa a interpretação que faço.
A desilusão ficou, essa não é possível desaparecer, afinal é algo que só se sente por quem nos marca e de algum modo foi importante para nós. Mas o empurrão, vejo-o de outra maneira. Pode ter sido a minha “Saída”, a minha oportunidade de mudar de vida.
Acredito que foi uma forma de reencontrar a força que sei que tenho, para mudar, para lutar por quem realmente sou e pelo meu Valor Real!
Será que posso acreditar que “há empurrões de sorte”?

By Adelaide Moita

3 comentários:

  1. há!!! também há janelinhas viradas para um mundo de realizações e satisfações que se abrem apenas quando se fecham poderosas portas que pareciam inabaláveis. aproveita esse empurrão!
    boa sorte Mrs. Carpe Diem!

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  2. Olá Mrs carpe diem.:) Os meus pensamentos conhece-los bem. Nem sempre os ouves, nem sempre os lês, mas sabe-los. Por isso sabes que, para mim, ver os acidentes como empurrões de sorte é uma forma de organizar estruturalmente a nossa vivência. Uma boa forma. Uma forma saudável e positiva. É certo que essa "sorte", leigamente, é concluída à posteriori. Mas essa sorte só existe se houver aceitação. A aceitação que é preciso assumir perante a adversidade. Aceitarmo-nos a nós, aceitarmo-nos no nosso contexto, aceitar os outros no nosso contexto, respeitando o contexto deles. O empurrão não é mais que uma interpretação que nós fazemos à dinâmica que resulta da resistência inicial à adversidade para a aceitação posterior e a consequente reação. É o processo de interiorização da pedrada no charco calmo. Tudo tem uma razão de ser, lugar e momento próprio para acontecer na nossa vida, e fica a fazer parte crucial, integrante, e insubstituível, do seu todo. É a nossa história é a nossa sorte é o nosso fado, somos nós. O teu valor real estará em saber aceitar dignamente a tua vida como ela for acontecendo, sempre com um sorriso, e vendo sempre um caminho à tua frente que, embora com outros ao lado, é o certo.O mais importante porque é o teu. Sim há empurrões de sorte! Coloca-te do lado de quem empurra e assim assistes, de camarote,...ao empurrão... e à sorte!. beijo. ;) * Carpe Diem *

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